Precisa-se de atacante

Neste início de 2012, assistimos a um São Paulo francamente melhorado, amadurecido, mas ainda com algumas falhas. A lesão do Luis Fabiano deixou um buraco no ataque e a longa recuperação do nosso amado capitão ainda traz à tona a necessidade urgente de contratar um goleiro para a reserva do Dennis.

O Nilmar é um jogador bom, mas não é a última bolacha do pacote. Joga num time particularmente bom na Espanha, mas dizem que não recebe salário há dois meses. E, além disso, tem um histórico de lesões que pode causar algum medo na diretoria do time (atenção, esta é a minha opinião: o Luís Fabiano é fabuloso, mas temo que ele esteja mais podre do que gostaríamos). Precisamos de atacantes tidos como certos no time, em forma e sem risco de lesões bobas.

O problema do futebol  é que jogadores de aparente qualidade (como é Nilmar e como era – e é – o Oscar) estão à mercê de empresários, digamos, mercenários, que exigem mais do que podem e devem, sem ter em conta histórico do jogador, situação no time atual e perspectivas no time que o quer contratar. O Nilmar não vale o dinheiro que o seu empresário está pedindo, até porque, no meu entender, tem muito a provar.

E tem outra questão: a importância do coletivo. Os clubes trabalham com teto salarial, e ele tem de ser respeitado, no matter what. E quem tem de ganhar mais são os jogador mais lucrativos para o time, seja em termos de gols, marketing ou prestígio.

O São Paulo está entrando nos trinques, a última coisa de que precisamos é briga dentro do elenco por ciúme de salário alheio. E a diretoria são paulina precisa se manter firme na negociação (se é que ela existe) e não se deixar influenciar pela vontade de deixar um ataque redondinho. Sim, o Nilmar faria uma dupla legal com Luís Fabiano, mas não esqueçamos que o nosso amado Fabuloso (beijo, Luís, cumprimentos à esposa e às crianças) não está a 100% e outras lesões são prováveis. Logo, o São Paulo precisa, sim, de um atacante. Mas sem cometer loucuras com o orçamento do clube.