Será birra, CBF?

Essas peladas que a CBF está arrumando para a seleção, ao invés de servirem para construir o time que passará vexame (ahahahah foi mal) na Copa do Mundo, só serve para arrumar confusão com os times brasileiros. A bola da vez é, claro e obviamente, o São Paulo e a sua briga eterna pela liberação do Lucas.

A imprensa noticiou nesta sexta-feira a primeira briga do técnico Emerson Lion e o mobralíssimo Andres Sanchez, digníssimo e transparente diretor de Seleções da CBF.

O técnico são-paulino não se conforma com a não liberação do meia Lucas para o clássico com o Palmeiras. Segundo o rei da selva, a CBF liberou tantos outros jogadores para as partidas que ocorrerão no domingo, como o zagueiro Dedê e os jogadores que estão na Europa. Então se há exceção à regra, porque o Lucas não pode ser incluído nessa leva? Será birra, Brasil?

Sinceramente, apesar de achar que o Lucas realmente faz falta ao time e que realmente há interesses na não liberação do jogador para a partida de domingo, não vejo com muitos bons olhos essa indignação do pai do Simba em relação à convocação do Lucas. Claro, ele é bom jogador, mas na minha opinião, não é craque com C grande. Não é decisivo nem indispensável em clássicos – não o foi contra o Corinthians e dificilmente seria contra o Palmeiras - e não joga muito pensando no seu time (o chamado “fominha”). Mas é, sim, um bom jogador, que tem o respeito dos outros times e sempre tem uma marcação especial, precisamente por ser “temido” pelos outros. Mas duvido se ele merece tanto chorinho de torcedor quando ele é convocado. Matem-me se discordarem, fiquem à vontade.

O queridíssimo Sanchez, que sempre age com transparência em relação ao São Paulo, afirmou à imprensa que Lucas não foi liberado porque o Tricolor simplesmente não fez o pedido junto à digníssima CBF. Será, Brasil? Será que o São Paulo, um time profissional, de renome, realmente se ia “esquecer” desse detalhe ou simplesmente achar que os seus três campeonatos mundiais iriam ser suficientes para a CBF liberar o seu jogador? Não creio, Brasil. Não posso afirmar que realmente há perseguição da CBF em relação ao São Paulo, mas essa história de não liberar jogador são-paulino e não aceitar pedidos de adiamento de partidas, quando o fazem para outros times, cheira realmente a caixa de sorvete lotada de feijão esquecida na parte baixa da geladeira há seis meses.