Estreando por aqui... vamos lá!
Demorei para escrever por falta de tempo...
Domingo passado assistimos (por pouco, não assistimos...) mais um clássico entre São Paulo x Palmeiras.
Os palestrinos não sabiam o que era vencer o SPFC no Morumbi desde 2002, quando Alex chapelou RC e fez um gol antológico. De lá para cá, vitórias do Palmeiras apenas como mandante.
Pessoalmente, não gosto de tabus.
“Comemorar” tabu é para times pequenos e medianos. Foram feitos apenas para “enfeitar” transmissões ou tirar sarro daquele seu colega de trabalho quando lhe faltam argumentos, sabe?
No total, o Choque Rei foi disputado 297 vezes, com 103 vitórias tricolores e 97 vitórias alvi-verdes. Os clubes ainda empataram em 97 confrontos.
Depois do dilúvio, e 1 hora de atraso para iniciar a partida, as equipes iniciaram o jogo com o que tinham de melhor.
O Palmeiras, no 4-4-2, com Márcio Araújo e Marcos Assunção como volantes, começou melhor. O segundo, ofereceu perigo a RC com cobranças de falta perigosas. Valdívia e Kleber ensaiavam tabelas curtas, mas nem sempre estavam próximos o suficiente para completá-las.
O SPFC começou no 3-5-2, com variações para o 3-4-3. Lucas ajudava o meio-campo e tinha liberdade para subir ao ataque, com velocidade limitada pela água. Dagoberto voltava para buscar o jogo, como é de costume. Gosto desta movimentação, pois normalmente obriga os volantes a “subirem” a linha de marcação.
O campo pesado claramente propiciava a marcação e prejudicava o estilo rápido que tem prevalecido no Tricolor.
Fernandinho, definido por Carpegiani como “imarcável”, até o momento tinha aparecido pouco, apenas recebido algumas faltas.
Mas quando ficou no mano a mano com Danilo, cortou pra esquerda e bateu cruzado. Uma bomba sem chances para Deola.
Mérito dele, dividido com o de Carpegiani, que colocou o time inteiro para treinar finalizações durante esta semana. Pelo visto funcionou.
O chute foi tão forte que apagou os refletores do Morumbi!
Resultado: Mais 15 minutos de espera...
O engraçado é que até o momento o Palmeiras era melhor.
O gol abalou o Palmeiras e o São Paulo tentou se aproveitar do bom momento, mas Felipão organizou rapidamente a linha de 4 do meio-campo para evitar o 2º gol. Apesar da superioridade do São Paulo, o Palmeiras teve boas chances, mas pecou nas finalizações. (Thiago Heleno deu uma “furada” de várzea. Deveria ter ido pro quadro do Fantástico!)
O 2º tempo começou como se não houvesse intervalo. O SPFC buscando ampliar a vantagem, e o Palmeiras comprimido, limitado apenas às jogadas de Cicinho, Marcos Assunção, Valdívia e Kléber para chegar ao empate.
Até que Adriano Michael Jackson, que tinha acabado de entrar no lugar de Luan, correu em direção à linha de fundo para alcançar uma bola lançada e se jogou.
Alex Silva, que acompanhava o lance, ficou irritado pela simulação e deu um empurrão-tapa-cascudo em Adriano e foi expulso.
Era falta pra cartão. Pelos critérios que o juiz apresentou ao longo da partida, deveria ter aplicado o amarelo.
Houve um claro descontrole do Alex Silva no lance.
Como é de praxe no futebol brasileiro, os jogadores não respeitam o juiz como Juiz. Para eles é um mero “assoprador de apito”.
Alex Silva, o Monstro, não poderia ter feito o que fez.
Adriano deu “aquela valorizada” (tipicamente brasileira, Miranda fez o mesmo em lance com Kléber.. .) digna de noite do Oscar e um jogo em que o SPFC tinha clara superioridade, se tornou complicado.
O Palmeiras mudou e foi pra cima, e quase chegou ao empate. RC operava milagres, defendeu um forte chute de Tinga (se não me engano...) e saiu nos pés de Adriano, deixando o atacante alviverde com pouco espaço para finalizar, induzindo-o ao erro.
Mas 1 minuto depois, a bola passou nos pés de Valdívia e Kléber em tabela precisa e Adriano, desta vez, não errou.
Com o jogo empatado e com um a menos, o São Paulo deveria apostar na velocidade de seus contra-ataques. Deveria...
Deveria porque Carpegiani matou a velocidade do time ao sacar Fernadinho, Dagoberto e Lucas.
Rivaldo e William José possuem características diferentes e um contra-ataque ficou pouco provável.
O time ficou lento e o empate acabou sendo um resultado ruim para o SPFC por jogar em casa e ter melhor time e elenco e ruim para o Palmeiras por jogar boa parte do 2º tempo com um jogador a mais.
Nota positiva: Provavelmente irão se encontrar na próxima fase. O jogo promete.
Nota negativa: Expulsão infantil e falta de critérios das arbitragens nacionais, como sempre.
Ae, até que enfim estreou aqui no FPC hein Léo! Temos que marcar um choque-rei no video-game hein, sem chuva! Hehehehe...
ResponderExcluirMuito boa sua análise do jogo de domingo!
Infantilidade é pouco para oque o Alex fez, mereceu a expulsão, e ver seu time ser prejudicado por isso. E é hora de nós, palmeirenses, acreditarmos mais nesse Adriano MJ!