Caiu!

É, Carpa, nem cara feia resolve, viu?

Ainda é meio difícil para mim falar do vexame de ontem. Sim, vexame. Foi vergonhoso perder para o Avaí. Não pelo time catarinense em si, que foi muito superior ao São Paulo, mas por ver que o meu querido Tricolor perdeu a aura típica de um time grande.

Atualmente, o São Paulo não é um time grande. E digo isso com muita dor no coração. E creio que é assim desde que o Muricy saiu do comando do time. Falta estrutura, falta um bom ponta-de-lança (esqueci o nome dessa posição aqui no Brasil, daqui a pouco eu vou lembrar. Ah, lembrei, centroavante!), falta um meio campo legal e, falta um técnico.

Agora sim, literalmente, falta um técnico. Depois da tragédia de ontem, Paulo César Carpegiani não é mais técnico do São Paulo. Isso já estava implícito assim que o árbitro apitou e ficou mais ainda depois da comida de rabo do Rivaldo. 

O Carpegiani não é técnico. E nem vou entrar naquela conversa de que ele é demasiado fraco para um time grande como o Tricolor. É mais do que isso. O Carpegiani sente dificuldade em montar um time e não sabe o que fazer quando os dez caras em campo (tiro desse monte o Rogério Ceni, claro) só fazem merda. Não tem o feeling. 

Tinha vezes que eu achava que os culpados da crise são-paulina eram os próprios jogadores. Em parte, é verdade. Tem ali um bando de perna-de-pau (que eu não vou dizer que é o Marlos, Rodrigo Souto, Juan e Alex Silva) que não sabe o que fazer com a bola. Mas, no geral, o São Paulo até tem um bom time, só falta alguém que saiba coordená-lo.

Com a saída do Carpegiani, os nomes cogitados para o comando do São Paulo são Dorival, Cuca e Ney Franco. Os dois primeiros estão (bem) empregados, mas como vão se enfrentar na final do campeonato mineiro, há a possibilidade do técnico perdedor sair. Veremos.

A crise está instalada. Ao ouvir de um jornalista que o técnico lamentou o fato de o elenco ser muito jovem, o presidente do São Paulo disse: "Tinha um não jovem no banco. Não era eu que tinha que colocá-lo no campo", disse, mostrando que a insatisfação da torcida era partilhada por ele: Carpegiani não colocava Rivaldo para jogar. Por birra ou por não saber utilizar o jogador, não sabemos. Só sei que o São Paulo está no fundo do poço. E ouso até dizer algo que não deveria ser dito: o time perdeu a sua chance de ir para a Libertadores ano que vem.