Muito se tem falado da polêmica do atacante Henrique, que ora diz que o São Paulo é coisa do passado e que a moda agora é é namorar pelado, ou diz que quer ficar, mas que quer jogar bola. São-paulinos saíram da toca, dizendo que o cara era mal agradecido, que não dá valor ao time que o formou e blábláblá.
Gente, na boa, quem está errado, na verdade, é o meu Tricolor do coração. Ao firmar um contrato de cinco anos com um menor de idade – mesmo emancipado -, o São Paulo foi contra as regras da FIFA. O mesmo já tinha acontecido com Oscar, o que, juntando à malandrice do empresário, culminou na novela que todos nós conhecemos.
São-paulino tem mania de falar que o São Paulo é time grande. E é, é o melhor do Brasil. Logo, exatamente por essa mesma razão, o clube deveria se atentar às regras da FIFA, e não a uma tal de Lei Pelé de uma tal de Confederação Brasileira de Futebol.
Depois de brilhar na Copa do Mundo Sub-20, e vendo-se sem contrato, Henrique demonstrou vontade de ir para outro clube. Para mim, isso é absolutamente normal. Mas grande parte dos são-paulinos simplesmente não entende como alguém pode não querer jogar no Trimundial. “Meu Deus, como que isso é possível?”.
Não quero aqui entrar no talento ou habilidade do jogador. Mas a verdade é que: 1º - o São Paulo não poderia ter feito um contrato tão longo com um menor de idade e 2º - o Henrique não havia sido propriamente figura carimbada dentro do gramado. E como qualquer jogador, ele quer jogar. E se não o podia fazer no São Paulo, lógico que ele pensaria em ir para outro clube. Mas não entendo toda essa revolta dos são-paulinos. Todo mundo gosta de ter os seus direitos trabalhistas em dia, ter um salário legal e ser valorizado pelo patrão. Por que seria diferente com o Henrique, com o Oscar ou com qualquer outro jogador de base que ouse falar que quer sair do Tricolor (o choque, o horror!)? Sim, ele se formou no São Paulo, mas, meus amigos, isso aí não paga conta de ninguém (metaforicamente falando, né, porque o Henricão ganha umas 30 mil dilmas por mês). Senão todos nós estaríamos lá naquele primeiro emprego, onde aprendemos muita coisa do que sabemos hoje, só por gratidão.
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