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27 de março de 2011

Formula 1 2011. Que seja uma grande temporada!

Eu sou um daqueles brasileiros que odeia os domingos entre Dezembro e Março simplesmente porque não tem Fórmula 1 nessa época.

A minha mãe me conta que quando eu tinha uns 5 anos eu ficava com uma tampa de panela na mão assistindo Piquet x Senna x Prost x Mansell esperando mostrar a câmera “on board” para fingir que era eu que estava pilotando...

Muitos brasileiros mais velhos do que eu e alguns mais novos tem essa ligação especial com a Fórmula 1 . E parece que o ano começa novamente quando a temporada começa.

2011 promete ser mais uma grande temporada, não só pela quantidade de pilotos de alto nível, com cinco campeões mundiais no grid, mas principalmente pelas mudanças e inovações.

E olha que não são poucas: asa traseira móvel, volta do KERS, proibição do difusor duplo e do duto frontal (aquele que permitia a passagem de ar pelo cockpit), aumento de 20 kgs no peso mínimo dos carros, uma nova marca de pneus e um novo conceito na fabricação de pneus geram uma expectativa muito grande.

É a famosa busca da FIA e FOM: mais ultrapassagens e um melhor espetáculo. Neste cenário, lembro que a briga dentro dos pit stops e as estratégias também serão maiores e decisivas.

Sobre a asa traseira móvel (o DRS – Drag Reduction System): durante o treino de classificação ela pode ser usada livremente, gerando entre 1,5 e 5 cm. Durante a corrida, o uso depende da distância entre seu carro e do rival à frente. Se for menos de um segundo de diferença, uma luz verde acende no painel, autorizando a utilização em um ponto específico da pista, sendo sempre na maior reta do circuito.


Até agora se sabe pouco sobre o uso deste novo artifício, vamos ter que acompanhar para comprovar sua eficácia.

Outra novidade é o novo grafismo indicando velocidade, marcha, acelerador, freio, Kers e DRS.


O TREINO


Albert Park, em Melbourne, é um circuito RBR. Vettel passeou e colocou mais de meio segundo de vantagem em Hamilton, que completou a primeira fila.

Rubinho escapou no Q2, foi parar na brita e largou em 17º.

Massa largou em 8º, vendo seu “companheiro” de equipe Fernando Alonso em 5º. No Q3, Massa rodou bisonhamente ao sair do boxe, em baixa velocidade.

Isto pode ter lhe custado uma melhor posição...

A distribuição do grid de largada ficou boa, com RBRs, McLarens, Renaults, Mercedes e Ferraris se intercalando nas primeiras posições.

Esperava mais do Barão Vermelho, que perdeu sua vaga no Q3 para Buemi.

A surpresa, no entanto, foi Kobayashi com a Sauber largando em 9º. Esse japonês é abusado!!!


A CORRIDA

Felipe Massa largou bem e pulou pra 5º na primeira volta, enquanto Rubens Barrichello dividiu uma curva com o mexicano Sérgio Perez e foi parar em último.

Button e Massa duelaram no inicio da prova e Massa usou o Kers + DRS para se defender em vários ataques de Button. Com o tempo, Alonso que havia perdido posições na largada encostou em Button.



Button fez uma manobra ilegal na volta 12, “cortando caminho” e ultrapassando Massa. Neste momento, Alonso se aproveitou e também ultrapassou Massa, que perdeu duas posições.

Na minha opinião, a direção de prova demorou para mandar devolver a posição. A decisão tinha que ser antes dos pit-stops das Ferraris! Como não era possível devolver a posição, acabou tomando um Drive Thru.

Nem vou falar das RBRs...

Eles estão em outro nível, graças ao magnífico projeto de Adrian Newey. Vettel tem um carro para ganhar mais uns três anos, sem exagero.

Rubinho fazia uma corrida de recuperação muito boa até se empolgar e tocar em Nico Rosberg. Com o toque, a Mercedes teve seu radiador danificado, obrigando o alemão a abandonar o GP.

Após ser investigada, a situação gerou um Drive Thru para Barrichello que perdeu várias posições, caindo para 15º.

Hamillton e Webber faziam uma prova discreta em 2º e 4º. Petrov surpreendia pela regularidade, aparecendo entre os dois, em 3º.

Hamilton teve um problema na volta 34 no assoalho de sua McLaren, que se desprendeu de forma perigosa. O desempenho do carro não foi afetado e Hamilton se manteve na 2º posição.

Button ganhou o duelo com Massa. O inglês fez bela ultrapassagem na reta, utilizando KERS + DRS. Rolou até um “chega pra lá” nesta ultrapassagem.

A grata surpresa da prova foi a estreia do mexicano Sérgio Perez. Ele levou a Sauber à 7ª posição do grid. Um grande resultado para um país que não tinha um representante na elite do automobilismo há muitos anos.

A prova chegou ao fim com uma liderança tranquila de Vettel, que dominou o fim de semana inteiro.

Hamilton ficou em 2º e tem os seus méritos. Ele pode desequilibrar com a sua habilidade e vontade, pois já foi campeão do mundo e quer muito desbancar o alemão.

Petrov apareceu em 3º, deixando outros favoritos ao título pra trás. Ele é o primeiro russo a marcar pontos na Fórmula 1.

Rubinho abandonou e Massa terminou em 9º, brigando por posição com Alguersuari...



Cansamos de ver entrevistas de Felipe Massa reclamando dos pneus Bridgestone, com a desculpa que os pneus não aqueciam e não combinavam com o seu estilo de dirigir.

Agora os pneus Pirelli serão a desculpa também?


Nota positiva: As mudanças são necessárias e válidas. Acredito que os pilotos irão aprender a utilizar estes artifícios para ultrapassar e apimentar as disputas.

Nota negativa: Não espere muito de Massa e Barrichello. Acredito que, assim como eu, o brasileiro já aprendeu a gostar deste esporte por motivos menos patriotas que outrora.

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