Quem não faz, toma

Hoje, a grande máxima do futebol fez mais sentido do que nunca. São Paulo, mais uma vez (está se tornando mais frequente do que eu gostaria) minimizou o adversário e passou vergonha diante de um estádio cheio de torcedores.
Com a derrota para o Santos, o Tricolor mostrou mais uma vez as suas fraquezas táticas de jogo. Primeiro, ao jogar com três zagueiros, é praticamente inadmissível o que aconteceu no segundo gol do time santista. O Ganso surgiu facilmente, sem marcação e só empurrou a bola para o gol, que entrou nas redes do São Paulo sem chance para Rogério Ceni.
Depois do segundo gol, Paulo César Carpegiani, que para mim não sabe mexer no time, não soube o que fazer. O São Paulo do primeiro tempo simplesmente sumiu logo no início dos segundos 45 minutos. O problema? Finalização! O time não consegue fazer o gol! O Marlos, por exemplo, é capaz de driblar, fazer chapéu, dar drible da vaca e, na hora mais importante, em que basta chutar para o gol, manda lá nas nuvens. 
Outro problema: a zaga. Por amor de Deus! Tem zagueiro que perde tempo mimimizando no Twitter, mas na hora do "vamo vê"... nada, zero, niente (né, Alex Silva?). Outro impecilho é Miranda. Com data para sair, o jogador não tem acrescentando nada ao time. Por mim, podem ir os dois. E pela sombra.
O ataque sentiu a falta de Fernandinho e Lucas. Sobrou o polêmico Dagoberto. Em relação de amor-ódio com a torcida, ele não é um jogador constante e, em decisões, pipoca. 
Sem desmerecer o Santos, que é um time rápido, talentoso e, sobretudo, que decide, o São Paulo perdeu para ele próprio. Com três zagueiros, abriu as pernas para o Santos. E sem um centroavante, o PCC deixou nas mãos de dois atacantes medíocres a árdua tarefa da finalização. Com várias chances de gol no primeiro tempo, o São Paulo não fez gol. Aí Elano e Ganso, com toque mágico do Neymar, foram lá, fizeram, estão na final, e, independentemente de quem ficar com a outra vaga, provavelmente levantarão a taça. 


E enquanto times como o Santos brilham em campo, o São Paulo fica coçando a cabeça e se perguntando: "O que será que eu fiz de errado desta vez?".


PS: Muito legal ver a torcida são-paulina gritando o nome do Muricy. Nunca poderemos esquecer as conquistas do Tricolor com ele no comando. E muito digno ver o técnico dizer que nunca faria uma grande festa no Morumbi por respeito ao clube. Isto sim é técnico.