Não me entendam mal, eu, como são-paulina, sou fã do Rogério Ceni, acredito realmente que ele é fundamental para o time e um exemplo a ser seguido no que se refere à fidelidade a uma camisa.
Mas a polêmica com o ex-técnico Ney Franco, que acusa o capitão tricolor de "fritar" quem não é do seu agrado no São Paulo é, na minha opinião, exemplo da forma como a postura de capitão e de líder de Rogério extrapolou alguns limites.
O mal-estar entre os dois é antigo. O episódio em que Rogério Ceni exteriorizou o seu desagrado em relação à substituição de Ademilson por William José no jogo contra LDU de Loja em outubro de 2012 deixou transparecer que o técnico não estaria disposto a abdicar do seu poder em detrimento da opinião de um jogador, mesmo se ele fosse o Rogério. Político como é, o goleiro minimizou o atrito e deixou claro que quem manda é o treinador.
Ter no elenco alguém de posicionamento forte que possa fazer um meio-campo entre os jogadores e a diretoria. É importante os jogadores terem uma referência em campo. No entanto, esse papel não deve ser confundido - papel do capitão não é palpitar sobre substituições - caso haja abertura para isso, poderia ter havido uma conversa nos bastidores - ou contratações de reforços e técnicos.
Em entrevista ao jornal O Globo, o ex-técnico acusa Rogério Ceni de ter "fritado" as contratações de Lúcio e Paulo Henrique Ganso e ficou extremamente insatisfeito com a declaração do goleiro de que o legado de Ney era "zero". Eu não duvido.
O Rogério é ídolo e tem consciência disso. Então, consciente ou inconscientemente, sabe usar isso a seu favor dentro do clube, já que seu posicionamento pode até definir eleições ou queda de dirigentes - como aconteceu recentemente com Adalberto Batista.
Apesar do seu jeito, o Rogério é uma pessoa que tem conhecimento futebolístico o suficiente. E a verdade é que o legado deixado por Ney é realmente pífio (mais por conta da diretoria do que propriamente do seu fracasso como técnico) e que as contratações de Lúcio e Ganso pouca ou nenhum diferença fizeram no São Paulo. Aliás, quando Ganso foi anunciado como o novo reforço do time do Morumbi, fontes ligadas à diretoria do Santos davam conta de que o futuro dele como jogador estava minado e que ele nunca mais iria jogar bola de verdade. Já o Lúcio, bom... más línguas atribuem ao zagueiro a derrota na Libertadores.
Mas, independentemente dos maus resultados dos dois jogadores apontados por Ney como "vítimas" da fúria de Ceni, ainda defendo que papel de goleiro capitão é defender gols e entrosar o time. Tudo o que saia desses limites acaba só causando mais atrito dentro de um time já em crise.
Mas a polêmica com o ex-técnico Ney Franco, que acusa o capitão tricolor de "fritar" quem não é do seu agrado no São Paulo é, na minha opinião, exemplo da forma como a postura de capitão e de líder de Rogério extrapolou alguns limites.
(Esportes/R7) |
O mal-estar entre os dois é antigo. O episódio em que Rogério Ceni exteriorizou o seu desagrado em relação à substituição de Ademilson por William José no jogo contra LDU de Loja em outubro de 2012 deixou transparecer que o técnico não estaria disposto a abdicar do seu poder em detrimento da opinião de um jogador, mesmo se ele fosse o Rogério. Político como é, o goleiro minimizou o atrito e deixou claro que quem manda é o treinador.
Ter no elenco alguém de posicionamento forte que possa fazer um meio-campo entre os jogadores e a diretoria. É importante os jogadores terem uma referência em campo. No entanto, esse papel não deve ser confundido - papel do capitão não é palpitar sobre substituições - caso haja abertura para isso, poderia ter havido uma conversa nos bastidores - ou contratações de reforços e técnicos.
Em entrevista ao jornal O Globo, o ex-técnico acusa Rogério Ceni de ter "fritado" as contratações de Lúcio e Paulo Henrique Ganso e ficou extremamente insatisfeito com a declaração do goleiro de que o legado de Ney era "zero". Eu não duvido.
O Rogério é ídolo e tem consciência disso. Então, consciente ou inconscientemente, sabe usar isso a seu favor dentro do clube, já que seu posicionamento pode até definir eleições ou queda de dirigentes - como aconteceu recentemente com Adalberto Batista.
Apesar do seu jeito, o Rogério é uma pessoa que tem conhecimento futebolístico o suficiente. E a verdade é que o legado deixado por Ney é realmente pífio (mais por conta da diretoria do que propriamente do seu fracasso como técnico) e que as contratações de Lúcio e Ganso pouca ou nenhum diferença fizeram no São Paulo. Aliás, quando Ganso foi anunciado como o novo reforço do time do Morumbi, fontes ligadas à diretoria do Santos davam conta de que o futuro dele como jogador estava minado e que ele nunca mais iria jogar bola de verdade. Já o Lúcio, bom... más línguas atribuem ao zagueiro a derrota na Libertadores.
Mas, independentemente dos maus resultados dos dois jogadores apontados por Ney como "vítimas" da fúria de Ceni, ainda defendo que papel de goleiro capitão é defender gols e entrosar o time. Tudo o que saia desses limites acaba só causando mais atrito dentro de um time já em crise.
Ana Lima, sou seu fã, portuguesa!
ResponderExcluirNão dá pra saber o que rolou lá dentro, mas achei uma baita falta de ética do Rogério Cemen, o grande, fritar o Ney, no vestiário, falando que não há legado nenhum. Vejo que você tentou, mas no final, você vestiu a camiseta tricolor, mas ok!